sábado, 10 de novembro de 2012

A importância da ingestão de Água

A prática desportiva deve ser acompanhada de uma regular reposição de água perdida durante o esforço. A este nível existem cuidados muito importantes a ter em conta e que deverão fazer parte das preocupações regulares de qualquer praticante de marcha e corrida.

O ser Humano consegue viver durante um período de tempo relativamente elevado sem uma ingestão de macro e micro nutrientes, contudo, relativamente à água, este período de abstinência é muito inferior.A água é fundamental para todos os processos metabólicos no corpo humano. Permite o transporte, através da circulação, de substâncias necessárias para o crescimento e produção de energia, permite a troca de nutrientes e metabolítos entre órgãos e ambiente externo.
O equilíbrio do nível de água no corpo é regulado pelas hormonas e depende da presença de electrólitos, especialmente sódio e cloro.

O corpo humano é constituído por 45-70% de água. O músculo é constituído aproximadamente por 70-75% de água, enquanto o tecido adiposo contêm apenas 10-15% de água.
Assim, pode-se deduzir que atletas treinados, que possuem um corpo com pouca massa gorda e uma alta percentagem de massa magra, terão na sua constituição, um maior conteúdo de água.
Em condições de um adequado consumo de fluidos o conteúdo de água no corpo manter-se-á constante. Assim sendo, não é possível armazenar água no corpo, pois todo o excesso será excretado pelos rins. Contudo, será possível desidratar o corpo, através de um desequilíbrio entre o consumo e perda de água.

Influência do exercício

Devido às repetidas contracções musculares, o conteúdo de água no tecido muscular aumenta durante o exercício e, consequentemente, o plasma sanguíneo diminui. Com a continuação da exercitação o conteúdo de água de todos os compartimentos irá diminuir como resultado da perda de fluidos pela sudação e pelos pulmões.
A quantidade de água produzida metabolicamente durante o exercício, apesar de significante, é insuficiente para compensar os fluidos perdidos pela sudação. Dependendo da intensidade de exercitação, estado de treino, clima e morfologia, a perda de água pela sudação poderá variar entre algumas centenas de mililitros a uma quantidade superior a 2 litros por hora.
Tendo em conta que o volume plasmático é de elevada importância para a manutenção de uma apropriada corrente sanguínea nos tecidos em exercitação, podemos deduzir que uma diminuição significativa no volume plasmático irá dificultar o fluxo sanguíneo. Isto levará a uma diminuição do transporte de substractos e oxigénio para os músculos activos. O transporte de substractos nocivos e calor dos músculos para os órgãos responsáveis pela eliminação dos mesmos (fígado e pele) será também afectado com esta diminuição. Isto poderá levar a uma diminuição de produção de energia, alcançando o estado de fadiga mais cedo. 

Ingestão diária de fluídos

A ingestão diária de fluídos deverá igualar o gasto total de água diário que, em adultos, se assume como sendo cerca de 4% do peso corporal.
O requisito diário de água representa, basicamente, a quantidade de água necessária para manter o equilíbrio entre as perdas de água pela respiração e pele, e para suportar os rins com um mínimo de quantidade de fluído necessário para excreção de produtos metabólicos, como a ureia e electrólitos. Assim, de forma a evitar distúrbios metabólicos e problemas de rins, será necessário um consumo mínimo de fluido de 1,5 - 2,0 l/dia para um homem de 70kg.

A Sede

Infelizmente, a sede não é um bom parâmetro para medirmos a necessidade de seu organismo pela água, principalmente em crianças e idosos. Um parâmetro melhor é a cor da sua urina: quase transparente ou com uma cor bem clara significa que está bem hidratado; amarelo forte ou uma cor escura usualmente significa desidratação. Outros sinais e sintomas variam, dependendo do grau de desidratação, que pode ser leve, moderada e severa. 

Desidratação

A desidratação ocorre pela perda de água e de minerais de elevada importância no organismo (sódio, cloro, potássio, magnésio, etc.), responsáveis pela excitabilidade nervosa e muscular.

Existem várias condicionantes que podem levar à desidratação.

- Não beber fluidos suficientes

- Exercitar em ambientes quentes

- Exercitar em ambientes frios

- Treino em altas altitudes

- Consumo excessivo de álcool ou exercitar com ?ressaca?

Desidratação leve a moderada pode causar

- Sede excessiva,

- Sonolência ou cansaço,

- Boca seca,

- Menor volume de urina diário - menos que 6 fraldas molhadas por dia em crianças e mais de 8 horas sem urinar para crianças mais velhas e adolescentes,

- Fraqueza muscular,

- Dor de cabeça,

- Tonturas.

Ingestão fragmentada de água

O Homem ao contrário de alguns animais, fica completamente saciado, quando consegue beber até meio litro de água.
Ao contrário de alguns animais, como o burro, que perante uma perda de 20 litros de água corporal, é capaz de repor esta quantidade, bebendo durante cinco ou mais minutos seguidos.
O estômago do homem não consegue ingerir de uma só vez mais do que um litro, pelo que para haver uma reposição adequada, o mesmo se tenha de fazer por várias vezes.


in: http://www.marchaecorrida.pt/conteudo.aspx?id=9&idMenu=4

É preferível correr ou caminhar?


A escolha entre correr ou caminhar dependerá essencialmente da sua condição física. Se está a iniciar uma prática de atividade física após um período prolongado de sedentarismo o ideal será começar pela caminhada ou corrida de baixa intensidade.

Contudo, deve ter em conta que andar pode não ser suficiente para se manter em forma, sendo que, atividades físicas mais intensas, como correr, poderão ajudar a obter mais benefícios. É possível encontrar vários estudos que referem os benefícios que uma atividade física intensa pode ter na diminuição do risco de cancro, dos riscos de doenças cardiovasculares, dos valores de colesterol e da formação de coágulos, pressão arterial, diabetes entre outros.

Assim, numa fase inicial deverá apostar no aumento progressivo do volume de treino (por ex.: tempo e/ou distancia) em detrimento do aumento da intensidade (por ex.: velocidade). Neste primeiro momento, o objetivo deverá ser o aumento do tempo de exercitação, de forma criar as adaptações ao esforço necessárias para um posterior aumento de intensidade.

As atividades moderadas como deslocar-se a pé para o trabalho, usar as escadas ou fazer jardinagem podem, e devem, ser utilizadas como um complemento ao treino intensivo.

Todas estas atividades complementares poderão ser aconselhadas pelo seu técnico, que de acordo com características pessoais e necessidades individuais lhe poderá sugerir as melhores soluções para tirar mais proveito do seu treino. Assim, o seu treinador de marcha e corrida, poderá dar-lhe conselhos muito mais vastos que sejam capazes de lhe promover melhores adaptações. A própria opção pela marcha ou corrida, deverá ser individualizada de acordo com diversos critérios que lhe permitirão tirar muito mais proveito do tempo que ira dar à sua prática desportiva e em total segurança.

in: http://www.marchaecorrida.pt/conteudo.aspx?id=4&idMenu=5

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Valores de glicemia para o diagnóstico de Diabetes


O valor da análise da glicemia é confrontado com os valores normais para os quais o kit utilizado pelo laboratório onde fomos está aferido. Por isso é natural que ao mudarmos de laboratório, os valores de referência para determinada análise possa variar.

As Sociedades médicas, nacionais e internacionais, surgem com os seus valores de referência; embora não haja uniformidade de valores, estes não são muito diferentes entre si. Por exemplo, de acordo com a Associação Americana de Diabetes os valores de diagnóstico são: glicemia em jejum maior ou igual a 125 mg/dl OU igual ou superior a 200 mg/dl e acompanhado de sintomas (volume urinário aumentado, sede exagerada, fome devoradora, emagrecimento inexplicável) OU igual ou superior a 200 mg/dl, 2 horas após ingesta de 75 g de glicose. Porém os valores para PRÉ-DIABETES são: glicemia em jejum entre 100-125 mg/dl OU entre 140-200 mg/dl, 2 horas após ingesta de 75 g de glicose.

Porque refiro a Pré-Diabetes?
O DIABÉTICO É UM DOENTE DE ELEVADO RISCO CARDIOVASCULAR: o coração de um diabético equivale ao coração de um não diabético que já tenha tido um enfarte do miocárdio!!! O PRÉ-DIABÉTICO TEM RISCO CARDIOVASCULAR IDÊNTICO AO DO DIABÉTICO. Assim os diabéticos devem essencialmente ser avaliados como doentes de risco cardiovascular e assim devem ser avaliados relativamente à Pressão Arterial e ao valores das gorduras no sangue (colesterol, suas fracções, e trigliceridos).

A triade Diabetes, Hipertensão Arterial e Dislipidemia são faces de uma mesma trama: o enfarte cardíaco e o acidente vascular cerebral (AVC). MAIS VALE PREVENIR QUE REMEDIAR.

sábado, 13 de outubro de 2012

Quanto devemos beber quando praticamos desporto?




Quando estamos a treinar e sentimos que não podemos mais, há uma razão: estamos desidratados. Estar bem hidratado é a forma mais fácil e importante para garantir um bom desempenho. Quer saber como fazê-lo corretamente?
A hidratação é fundamental para todas as funções do corpo. Aproximadamente 60 a 70%% do nosso corpo é composto por água (42 kg para um peso de 70 kg), e é responsável: pelo transporte de substâncias através do corpo, pela remoção de produtos residuais, pela lubrificação das articulações, por dar estrutura e forma o corpo, para além de ajudar a controlar a temperatura. Com tantas funções importantes, espera-se que com o corpo desidratado seja mais difícil para o organismo funcionar corretamente.
Por que suamos?
Algumas pessoas pensam que a transpiração é uma boa maneira de perder peso ou para eliminar toxinas, mas o que é eliminado através do suor é água, não de gordura, e embora estejam presentes algumas toxinas no suor, a forma do organismo regular a eliminação de resíduos do metabolismo é através da urina. Então, nós suamos para remover o excesso de calor e manter a nossa temperatura dentro dos valores normais. Mas... como é que o corpo se refresca através da transpiração?
Quando treinamos, 75% da energia que estamos a gastar é convertida em calor e apenas um quarto usado para gerar movimento. Isto significa que se uma pessoa gasta cerca de 400 kcal numa sessão de treino, apenas 100 kcal foram utilizadas para executar os movimentos e os restantes 300 kcal dissipados através de calor. Se o organismo não tivesse a capacidade de remover o este calor, numa questão de minutos, o corpo atingiria temperaturas letais.
O calor gerado nos músculos será transportado através da circulação para o núcleo do corpo, onde se encontra: o coração, os pulmões, os órgãos da região abdominal e o cérebro; aumentando a temperatura central. A partir daqui, o sangue será enviado para a superfície da pele, culminando na transpiração. O suor que se encontra na pele absorve o calor proveniente do interior do corpo para uma temperatura que permite evaporar-se, causando um efeito de arrefecimento. Por isso, a evaporação do suor tem a vantagem que nos ajudar a manter a temperatura corporal, mas também pode levar à desidratação, se não forem repostos os líquidos perdidos.

Efeitos da desidratação
A desidratação faz com que o nosso sangue se torne mais espesso. Como o corpo deve tentar manter o fornecimento de sangue aos músculos e órgãos vitais, a frequência cardíaca aumenta à medida que o coração se esforça para lidar com a grossura do sangue.
A desidratação causa fadiga precoce e superaquecimento devido ao suprimento inadequado de sangue. Esta é a razão pela qual a desidratação reduz o desempenho físico, diminui a capacidade mental e aumenta o risco de complicações relacionadas com o calor. Mesmo que se perca apenas uma pequena quantidade de fluidos corporais (por exemplo, 1% do peso corporal), o desempenho fica comprometido.
Artigo doado pelo Instituto de Gatorade Sports Science
A fim de evitar os efeitos de desidratação e para obter um desempenho adequado durante a atividade física é importante hidratar antes, durante e após o exercício. Levar uma garrafa com líquido, e tê-la perto do local onde se está a exercitar, é tão indispensável como usar ténis durante o treino de corrida.

Conclusão
Lembre-se que as necessidades de líquidos variam de acordo com o indivíduo, a intensidade do exercício que faz e as condições ambientais, de modo que não se pode dar uma recomendação geral de hidratação. Para ver se se hidratou corretamente durante o treino a pessoa deve pesar-se antes e após o exercício, se o peso final for menor significa que a hidratação foi insuficiente e se se ganhou, indica que se excedeu na hidratação. Lembre-se que a hidratação adequada é beber o suficiente para repor as perdas sem consumir em excesso.
O que mais podemos dizer para convencê-lo de que a hidratação é muito importante? Comece a partir de agora por hidratar-se corretamente e vai notar uma grande melhora no seu desempenho.

in: http://www.runners.es/nutricion-salud/hidratacion/articulo/cuanto-hay-que-beber-cuando-hacemos-deporte

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Colesterol - como diminuir


Retirado do blogue idoso do futuro um artigo de Mário Espiga de Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose.

O excesso de colesterol - proteínas gordas - no sangue provoca aterosclerose. E este envelhecimento prematuro dos vasos sanguíneos pode levar a enfartes ou acidentes vasculares cerebrais. Faça uma lista com os bons e os maus alimentos.

Mário Espiga de Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA), diz que «uma dieta diversificada», baseada nos alimentos 'com luz verde' ilustrados nesta página, ajuda a corrigir esta situação. A lista para a dieta foi criada a partir das suas contribuições, bem como das do especialista em macrobiótica e colaborador do SOL Francisco Varatojo e da nutricionista Sara Fernandes.
Apesar de existirem os alimentos proibidos, mas o presidente da SPA é contra fundamentalismos: «Só em situações extremas se deve cortar com as carnes vermelhas».
Para quem sofre deste problema, o ideal é ter as análises em dia. E, se o colesterol 'mau' (LDL) ultrapassar os 200, fazer uma dieta equilibrada e praticar exercício físico.

Açúcar 
«O consumo excessivo de açúcar contribui para o aumento de depósitos adiposos e de colesterol no organismo» , diz a nutricionista Sara Fernandes.

Marisco 
Lagosta, camarão, percebes ou amêijoas estão na lista dos alimentos com alto teor de colesterol.

Gordura animal 
Os produtos de charcutaria são ricos em gorduras saturadas que aumentam o colesterol. A gordura dos cozinhados, como o molho dos bifes e do frango assado com pele, por exemplo, tem o mesmo efeito.

Margarina 
Croissants, bolachas, pastéis, folhados e todos os alimentos com gorduras hidrogenadas «têm um efeito no organismo muito semelhante às gorduras saturadas», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Carne vermelha  Os três especialistas contactados pelo SOL elegem a carne de vaca e de vitela como alimentos com um alto teor de colesterol. Já o porco é, segundo Mário Espiga de Macedo, «uma carne magra» que pode ser consumida «desde que se retire a gordura».

Alimentos refinados  O pão branco, o arroz convencional e as massas refinadas «contribuem para o aumento de depósitos adiposos e de colesterol no organismo», defende Sara Fernandes.

Queijo 
Dos produtos lácteos - que deve consumir-se magros ou meio-gordos -, os queijos são os mais ricos em gordura animal, fonte de colesterol.

Ovos 
Estudos recentes apontam o ovo como um alimento com baixo teor de colesterol. No entanto, segundo Mário Espiga de Macedo, «é prematuro defender esta teoria». A regra é consumir apenas dois/três ovos por semana.

Nabos 
Rábano, nabo ou rabanetes ralados. Francisco Varatojo explica que todos «ajudam a digerir e a eliminar os excessos provocados pelo abuso de produtos animais».

Hortaliças 
Agriões, nabiças e couve portuguesa contêm fibras e fitoesteróis que regulam o colesterol. Mário Espiga de Macedo acrescenta a cebola e o alho, «que a tradição popular diz serem alimentos que evitam a subida do colesterol e cujos benefícios são estudados por nutricionistas».

Cogumelos 
Em particular o cogumelo shitake. Os cogumelos são ricos em fibras e gorduras não saturadas. Um dos compostos dos shitake, o lentinan, ajuda a baixar os níveis de colesterol.

Hidratos de Carbono 
As leguminosas e as batatas são alimentos saudáveis que não elevam o colesterol e podem ser consumidos livremente. Em excesso, engordam.

Arroz Integral 
Reduz o colesterol, «porque contém orizanol, uma substância presente no farelo do arroz, e fibras», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Cevada 
Em particular a cevada perolada. É rica em fibras solúveis, nomeadamente o beta-glucan que está cientificamente provado reduzir os níveis de gordura do sangue.

Fruta 
Toda a fruta evita a subida do colesterol, de acordo com o presidente da SPA. Mas os frutos mais doces, como os figos e as uvas, podem levar «à subida dos triglicerídeos» e consequente aumento do colesterol, se consumidos em excesso.

Chá verde 
Os polifenóis desta planta evitam que o LDL oxide, «o que danifica e acelera o endurecimento das artérias», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Algas 
Com propriedades anti-colesterol, «ajudam o organismo a lidar com excesso de poluição ambiental e contaminação interna», explica Francisco Varatojo.

Fonte "Jornal o Sol"

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O desporto e o sucesso escolar


Devem os pais incentivar a prática desportiva pelos seus filhos ou reprimi-la, dando mais tempo para os estudos, "já que o Francês e a Matemática não andam nada bem"? Poderá a prática de um desporto contribuir para o sucesso académico? Como?

Existe um leque muito variado de desportos, desde os coletivos aos individuais. Quando um jovem escolhe uma atividade e se envolve nela, está a desenvolver interesses pessoais, que podem contribuir largamente para que nunca venham a surgir comportamentos desviantes, como o consumo de drogas. A prática de qualquer desporto implica a existência de sentido de responsabilidade pelo cumprimento dos compromissos assumidos, nomeadamente a assiduidade e a pontualidade aos treinos.

Pressupõe também o estabelecimento de metas pessoais (entrar para a equipa principal, melhorar os tempos, aperfeiçoar um salto, por exemplo) e a tentativa de as alcançar. Esta implica persistência e trabalho continuado. Se transferirmos estas competências para o domínio académico, podemos ver que o seu desenvolvimento nesta área acarreta uma maior eficácia no estudo, fazendo prever um maior sucesso académico.

Qualquer desporto coletivo implica também o desenvolvimento de competências de relacionamento social e de trabalho em grupo. O que acontece quando o colega ou o adversário é insultado ou agredido? Não há que tornar uma equipa rentável, não obstante os afetos? Como se faz isso a não ser desenvolvendo a disciplina, a tolerância, a aceitação da diferença, o espírito de colaboração e de entreajuda, a participação num esforço coletivo para se atingir um objetivo comum?

E quanto aos desportos individuais? Para além das vantagens comuns a qualquer desporto, cada um desenvolve competências específicas e pode mesmo ajudar a resolver determinadas problemas. O karaté e o judo, por exemplo, favorecem o desenvolvimento do autocontrolo. Por isso podem contribuir para resolução de problemas de agressividade ou de falta de autoconfiança. A natação quase não precisa de ver as suas virtudes defendidas. Que o diga quem cai à água e não sabe nadar! Exige uma grande coordenação de movimentos e ensina a controlar a respiração. Contribui para o relaxamento.

A prática regular de desporto é um hábito a adquirir desde a infância. Se ele só for procurado quando o colesterol e o excesso de peso o pedem, custará muito mais a adquiri-lo. O stress acumulado na agitação do dia a dia encontrará também aí um poderoso antídoto. Por isso, pais, investir na prática do desporto pelos vossos filhos é apostar no desenvolvimento de competências que os auxiliarão na vida académica e é contribuir para uma melhor saúde física e mental, a curto e a longo prazo. Mas, cuidado, não os façam morrer da cura! Não será preciso praticarem todas as modalidades!

In: O desporto e o sucesso escolar . In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-09-14].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$o-desporto-e-o-sucesso-escolar>.

Deixar de fumar engorda?


Cada vez há mais pessoas que decidem deixar de fumar, quer por motivos de saúde quer porque é cada vez mais difícil fumar devido às condicionantes legais.

Independentemente dos motivos que estão por detrás dessa opção, certo é que habitualmente se vai sofrer um ligeiro ou significativo aumento de peso que pode ir de 3 kg a 12 kg. Embora não seja agradável engordar, a verdade é que o aumento de peso é reversível enquanto que as lesões pulmonares não o são (pode-se perder peso, mas não os pulmões...). Por isso, deixar de fumar deve ser sempre uma prioridade.

Porque se aumenta de peso?
A nicotina, além de acelerar um pouco o metabolismo, também suprime o apetite. Quando se está a trabalhar e não se tem muito tempo para parar, é (ou era) aparentemente mais fácil pegar num cigarro e continuar o trabalho do que interromper o trabalho para comer.

Quando se deixa de fumar, comer poderá ser o único escape para colmatar a falta do cigarro. Quando se deixa de fumar, o paladar melhora e os alimentos tornam-se mais apetecíveis. Quando se deixa de fumar o metabolismo diminui o que significa que, mesmo que comamos o mesmo de anteriormente, podemos começar a engordar lentamente. Mas se comermos mais, esse aumento poderá ser muito rápido.

É bom fazer dieta para perda de peso em simultâneo?
Depende da situação.

Muitas vezes, pessoas que já tinham excesso de peso ou mesmo obesidade antes de deixarem de fumar decidem, na altura em que o fazem, iniciar um regime de emagrecimento. É claro que as pessoas são todas diferentes mas o fator "dieta" é para estas pessoas mais um fator de ansiedade o que, a juntar à abstinência do tabaco, pode não dar muito bons resultados em termos psíquicos e emocionais.

Se for alguém normoponderal, o aumento da atividade diária como caminhar 30 minutos por dia poderá ser suficiente para compensar o decréscimo de calorias provocado pela ausência de nicotina. Ou então seguir um plano alimentar semelhante ao que fazia anteriormente com uma ligeira diminuição calórica.

Se for uma pessoa cujo excesso de peso resultou de uma acumulação lenta ao longo dos anos por erros alimentares repetidos, o que significa que não será necessariamente um comedor compulsivo, poder-se-á fazer, em simultâneo, um plano de emagrecimento para perda ligeira de peso.

Fundamental, em qualquer dos casos, é avaliar e ponderar a situação individual para que o processo de deixar de fumar não se venha a revelar prejudicial, quer ao nível físico quer ao nível emocional.

Algumas dicas para substituir o cigarro sem engordar
• Comer de três em três horas seguindo um plano de calorias adequado ao seu peso;

• Fazer 30 minutos de atividade física ao ar livre, cinco dias por semana; queima calorias e ajuda a relaxar;

• Quando sentir necessidade de substituir o cigarro, mastigue uma pastilha elástica ou um rebuçado sem açúcar;

• Sempre que tiver vontade de comer, escolha alimentos pouco calóricos e que obriguem a mastigar, como fruta ou cenoura crua, ou pipocas com muito pouca gordura e açúcar.

Para muitas pessoas, deixar de fumar constitui uma excelente oportunidade para mudar de hábitos e adquirir um estilo de vida mais saudável. Mas isso não significa passar a comer apenas saladas ou peixe cozido com batatas. É bom lembrar que as saladas quando são "carregadas" de azeite para temperar também não ajudam a emagrecer...

Obsessão por músculos: vigorexia


Harrison G. Pope, Jr, da Faculdade de Medicina de Harvard - Massachusetts realizou estudos em três países sobre a imagem que os homens teriam deles próprios, sobre a imagem que achariam ideal para si e sobre a imagem que acreditam que as mulheres preferem. Os resultados mostram que a escolha do corpo ideal foi em média de, aproximadamente, 13 quilos a mais de massa muscular do que eles tinham. Também estimaram que as mulheres preferiam um corpo masculino com aproximadamente 14 quilos de massa muscular a mais do que eles efetivamente possuíam. Num estudo-piloto paralelo, entretanto, o autor constatou que as mulheres preferiam, de facto, um corpo masculino comum e sem os músculos adicionais que os homens pensavam ser necessários. Como conclusão, Pope atestou a grande discrepância entre o estado real e o ideal muscular dos homens.

Muitos jovens (e também adultos), vivem como que obcecados por treinos de musculação a que, aos poucos, vão associando produtos para o desenvolvimento dos músculos. Tal prática acarreta muitos perigos para a saúde, em vez de, como poderão afirmar os praticantes dessa modalidade, contribuir para um corpo mais são.

O psiquiatra americano Harrisom G. Pope foi o primeiro a usar o termo Vigorexia ou Síndrome de Adónis. A vigorexia é uma perturbação emocional caracterizada pela obsessão em ser musculado, sendo mais comum no sexo masculino. O seu início é, geralmente, coincidente com o final da adolescência, período em que a insatisfação com o corpo é típica e os ditames da cultura têm um grande peso.

Apesar de os portadores deste transtorno serem bastante musculados, percecionam o seu corpo de uma forma distorcida, considerando-se magros. A preocupação com o aumento da massa muscular torna-se o centro da sua existência, sendo por isso quase compelidos a frequentar o ginásio durante um elevado número de horas e a ingerir substâncias que potenciam o aumento da massa muscular.

Não é por acaso que anorexia rima com vigorexia; efetivamente as duas doenças tem aspetos comuns. Em ambas está presente a preocupação exagerada com o próprio corpo e a distorção da imagem que os pacientes têm de si mesmos: os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, ao passo que os vigoréxicos nunca se consideram suficientemente musculosos. Para além destas, existem outras características comuns, tais como: baixa autoestima, personalidade introvertida, alterações ao nível do comportamento alimentar e tendência para a automedicação.

Associadas a esta perturbação, também designada como overtraining, manifestam-se várias consequências, nomeadamente reações típicas das situações de stress, tais como: insónia, falta de apetite, irritabilidade, cansaço permanente, desinteresse sexual e dificuldade de concentração. A vigorexia causa também problemas físicos e estéticos, tais como desproporção displástica, problemas ósseos e articulares, falta de agilidade, entre outros. Os problemas de ordem física são ainda maiores sempre que a obsessão por "melhores resultados" leva ao consumo de esteroides e anabolizantes. O consumo deste tipo de substâncias conduz ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunções sexuais, diminuição do tamanho dos testículos e maior propensão para o cancro da próstata.

Segundo estudos realizados, embora a vigorexia seja potenciada pelos padrões culturais vigentes, constatam-se desequilíbrios ao nível dos neurotransmissores, mais concretamente da serotonina. Por este motivo, no tratamento desta patologia pode recorrer-se a fármacos. A este tipo de tratamento é fundamental associar a psicoterapia para a que estes indivíduos recuperem a sua autoestima e superem o medo do fracasso social.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Obesidade tipos e complicações







Tipos de obesidade segundo o número de adipócitos (células de gordura) - Explica o perigo da obesidade infanto/ juvenil


Segundo este vídeo os períodos críticos para a hiperplasia dos adipócitos, ou seja quando os adipócitos se multiplicam e podem chegar até ao dobro, por volta dos:
- 2 anos                  
- 6-8 anos
- Antes da puberdade

sexta-feira, 6 de julho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Top da Escola

No passado mês de maio procedeu-se, mais uma vez, à aplicação da bateria de testes do fitnessgram.

Desse levantamento, salientam-se os seguintes alunos pois foram os melhores nos testes em causa.







Clicar nas imagens para ver em tamanho grande

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Non Stop Swimming

No passado dia 6, decorreu mais uma prova de natação "Non Stop Swimming". Estafetas de 1 hora a nadar sem parar. As escolas participantes foram:
Ag. de Esc. de Arronches, Portalegre - EB 2,3 José Régio, Ag. de Esc. de Sousel, Ag. de Esc. de Marvão, Esc. Secundária de Campo Maior, Esc. Secundária D. Sancho II de Elvas, Ag. de Esc. de Monforte e a nossa escola.
Os grandes vencedores foram, mais uma vez, os nossos alunos. Percorreram 4375m.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

O que mudou e pode mudar na alimentação das famílias?


Uma maneira de mudar os hábitos, sobretudo das crianças, seria envolvê-las na preparação das refeições, mas isso não acontece com frequência. Acontece (ou acontecia...) na escola, sobretudo nas escolas promotoras da saúde, mas em casa, pouco.

Por falta de tempo ou de conhecimento para cozinhar rápido, muitas famílias cozinham pouco em casa, e a perda desse hábito é também a causa de se fazer uma alimentação pouco saudável, ou seja, a vida apressada que hoje se leva e o pouco tempo para cozinhar, levam a que haja pouca imaginação e vontade para criar pratos, recorrendo-se muitas vezes a fast food e pratos pré-cozinhados que nem sempre são uma opção muito saudável.

Uma maneira de mudar os hábitos, sobretudo das crianças, seria envolvê-las na preparação das refeições, mas isso não acontece com frequência. Acontece, (ou acontecia...) na escola, sobretudo nas escolas promotoras da saúde, mas em casa, pouco. No entanto, e ao contrário do que seria desejável, as crianças e jovens têm uma participação importante nas compras de casa! Os pais compram muitas vezes sob pressão dos filhos que, por sua vez, sofrem a pressão da publicidade. E, como sabemos, a maioria da publicidade dirigida a crianças não promove propriamente alimentos saudáveis.

Quais as vantagens das crianças aprenderem a cozinhar desde cedo?
Por um lado, envolvê-las em tarefas que lhes deem algum papel de entreajuda familiar. Por outro lado, ao serem incluídas em tarefas que decorrem no interior da cozinha começam, mesmo que involuntariamente, a ser "chamadas" pela cor e pelo cheiro dos alimentos podendo mais facilmente despertar-lhes a vontade de aprender a cozinhar e de experimentar novos pratos e sabores. Além disso, dá-lhes uma maior independência e autonomia dos pais. Muitas mães ainda não compreenderam isto e depois, quando os filhos entram numa faculdade fora do local em que habitam, preparam-lhes previamente as refeições para uma semana para que eles não recorram à comida "industrial pré-cozinhada que, como se sabe, é muitas vezes pouco saudável e nutritiva.

Cozinhar pode ser pretexto para falar sobre os vários ingredientes e alimentos e aspetos ligados aos alimentos e nutrientes saudáveis
No fundo trata-se de os pais cozinharem e comerem de forma saudável para que os seus filhos o façam também. Isso implica falar de todos os alimentos incluídos na "Roda dos Alimentos" e de nenhum em particular. Todos são importantes e o segredo está na variedade. Por isso, incentivar a provar é uma das chaves do sucesso para que gostem e comam de tudo. É necessário transmitir a mensagem de que não há alimentos tão bons que se possam consumir isoladamente nem tão maus que não se possam comer nunca. Uma alimentação que inclua apenas dois ou três alimentos considerados saudáveis deixa de ser saudável porque se corre o risco de carências por omissão de todos os outros, pela monotonia dos nutrientes ingeridos.

É importante ter em conta a idade da criança
Obviamente é importante considerar a idade da criança quando se lhe vai atribuir uma tarefa na cozinha. Cortar com facas, mexer no fogão, sentá-las em bancos altos para preparar alimentos, etc, são gestos que têm de ser pensados para cada situação. Convém também não descurar a higiene pessoal e dos alimentos sempre que se vai cozinhar. Incluir as crianças na preparação das refeições pode ser também uma maneira de lhes pedir sugestões para a confeção de alimentos de que gostem menos. É importante que elas sejam consultadas e que se façam pratos de acordo com o seu gosto e não só pelo gosto do pai... No caso dos adolescentes, programas de jovens "chefs" como o Jamie Oliver, que tem uma atitude de irreverência que "toca" os jovens mas também com grande capacidade de transmitir conceitos simples e práticos, podem ter um grande impacto na modificação dos seus gostos alimentares e na sua atração pela cozinha.

Estou convencida de que estabelecer uma relação "íntima" com os alimentos, permitindo, tocar, mexer e experimentar vários alimentos e ingredientes, fazendo do ato de comer uma estimulação de todos os sentidos e não só do gosto, poderá ajudar a aderir a uma alimentação mais variada. Um prato pode ser muito saboroso, mas se não for atrativo ao olhar, pode nem sequer chegar a ser provado. Também o tato é extraordinariamente importante, daí não ser a mesma coisa comer ostras que se retiram cerimoniosamente da concha ou retirá-las com um palito de um frasco de conserva... Um bom odor e um prato colorido terão muito mais impacto sobre o apetite. A presença de frutas ou legumes coloridos é muito importante para a estimulação visual quer de crianças quer de outras pessoas em que o apetite está diminuído, como nos idosos, por exemplo. E se estes são os alimentos com mais cor e mais ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, são também aqueles que menos engordam.

Com a preocupação com a obesidade infantil, vários programas de saúde alimentar têm sido desenvolvidos nas escolas. A complementaridade com a experiência em casa seria fundamental para alterações de hábitos porque muitos pais, além de terem hábitos alimentares incorretos que praticaram ao longo de muitos anos, não fazem ideia de como fazer uma alimentação saudável uma vez que nunca o aprenderam. E, nesse caso, os próprios filhos poderão ser um importante fator de mudança nos hábitos dos pais e de casa. Por outro lado, quando os pais são informados, fazer uma alimentação equilibrada em casa corrobora aquilo que aprenderam na escola. Daí, estes programas escolares e as escolas promotoras da saúde serem tão importantes. Podem ser a chave para a mudança dos hábitos alimentares de toda a família, desde que as crianças comecem a ser envolvidas na preparação das refeições. Até há pouco tempo, a escola era tudo menos um exemplo de boas práticas e isso não dava credibilidade ao que por lá se ensinava...



In: http://www.educare.pt/educare/Detail.aspx?contentid=BFAA9E884755CEE6E0400A0AB8002B34&channelid=EA94578BA2CC9D42B018D56C7463A20F&schemaid&opsel=2

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que fazer quando se tem o sangue gordo


Evitar o excesso de peso ou emagrecer até atingir um peso saudável e ter uma vida ativa, isto é, combater o sedentarismo através de exercício físico regular, é um dos fatores que mais contribuem para o tratamento da hiperlipidemia.

Num dos artigos anteriores falei de sangue grosso que, apesar de poder provocar efeitos deletérios semelhantes ao sangue gordo sobre a saúde, trata-se efetivamente de uma situação clínica diferente. O sangue grosso resulta de uma coagulação excessiva do sangue o que dificulta a sua circulação, podendo originar diminuição do fluxo sanguíneo e o aparecimento de coágulos ou trombos. Já no sangue gordo, é a acumulação de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos que poderá provocar um acidente cardiovascular ou cerebrovascular. Ao sangue gordo chama-se hiperlipidemia o que significa que este contém níveis elevados de lípidos ou gorduras. Nelas estão incluídos o colesterol e os triglicerídeos. Apesar de serem essenciais ao funcionamento orgânico, quando atingem níveis elevados podem ser importantes factores de risco do doenças cardiovasculares.

Quais as causas de hiperlipidemia?
Pode ter uma causa endógena, ou seja, é o próprio organismo que produz as gorduras em quantidades indesejadas, ou então exógena, e por ela é responsável uma alimentação incorreta ou de excessos.

Como as gorduras não são solúveis em água, constituinte principal do sangue, para serem conduzidas através dele têm que ter transportadores especiais designados lipoproteínas. É o que normalmente conhecemos como bom e mau colesterol. O "mau" colesterol, LDL, ou lipoproteínas de baixa densidade, acumula-se nas paredes dos vasos sanguíneos e é responsável por acidentes cardiovasculares. O "bom" colesterol, HDL ou lipoproteínas de alta densidade, pelo contrário, captura o colesterol que existe nas artérias e transporta-o para o fígado, sendo assim um espécie de "desentupidor de canos", passe a grosseria do termo. Um combinação de triglicerídeos elevados e HDL baixo constitui também um significativo fator de risco cardiovascular.

É importante realçar que as análises não tratam!

Vejo com frequência pacientes que, apesar de terem estes parâmetros analíticos alterados, não seguem as recomendações alimentares nem a medicação para reverter a situação, mas que se preocupam excessivamente em fazer análises com frequência para ver se a situação alterou apesar de nada terem feito para o conseguir.

Como tratar?
Evitar o excesso de peso ou emagrecer até atingir um peso saudável e ter uma vida ativa, isto é, combater o sedentarismo através de exercício físico regular, é um dos fatores que mais contribuem para o tratamento da hiperlipidemia. Por exemplo, 30 minutos de caminhada diários que poderão ser repartidos por dois períodos de 15 minutos, de manhã e à tarde.

Quer a causa seja genética quer seja alimentar, deve prestar-se especial atenção àquilo que se come e bebe. Gorduras de origem animal (dos laticínios e da carne, ou gorduras hidrogenadas de origem vegetal, usadas habitualmente em produtos de pastelaria, bolachas e alimentos embalados) não devem ser consumidos com frequência nem em quantidade. A gema de ovo e alguns mariscos são também ricos em colesterol pelo que devem ser incluídos na alimentação tendo em conta todos os outros alimentos que nesse dia dela fazem parte. Também vísceras e miudezas devem ser evitados. No caso específico de triglicerídeos elevados (hipertrigliceridemia), as bebidas alcoólicas são também desaconselhadas, tanto como os excessos alimentares, dado que estes podem ser influenciados pela ingestão excessiva de gorduras, mas também de hidratos de carbono (açúcares), proteínas ou álcool.

Para resumir, diria que a alimentação equilibrada que se recomenda a qualquer pessoa que deseja ter um peso e uma vida saudáveis aplica-se da mesma forma às pessoas que têm sangue gordo.


in: http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=B35E6F557820B5B9E0400A0AB80025E5&channelid=B35E6F557820B5B9E0400A0AB80025E5&schemaid=&opsel=2

terça-feira, 15 de maio de 2012

Campeonatos Regionais de Natação


O grupo de Natação da EB 2.3 Garcia d’Orta participou com os 10 nadadores apurados em 12 provas, 8 individuais e 4 estafetas, tendo conseguido uma excelente prestação.

A prova decorreu nos passados dias 11 e 12 de Maio, em Ponte de Sor.

Apresentam-se de seguida os medalhados:

Campeões regionais
4x25m Estilos - Guilherme Massena, João Tomé, Tiago Bonacho e Francisco Galhofas
4x50m Livres - Mafalda Botelheiro, Mafalda Borba, Mariana Botelheiro, Mariana Canário
4x25m Estilos - Mafalda Botelheiro, Mafalda Borba, Mariana  Botelheiro, Mariana Canário
200m Livres - Mariana Botelheiro
100m Bruços - João Tomé

2º Lugar
4x50m Livres - Guilherme Massena, João Tomé, Tiago Bonacho e Francisco Galhofas
25m mariposa - Tiago Bonacho
50m bruços - Mariana Canário
100m Costas - Mafalda Botelheiro
100m bruços - Mafalda Borba
100m bruços - Gonçalo Grácio


3º Lugar
100m costas - Zaida Barreiros
200m livres - Guilherme Massena
100m livres - Mafalda Botelheiro
100m bruços - Mafalda Botelheiro
100m bruços - Guilherme Massena

Mais uma vez o grupo/ equipa de natação desta escola conseguiu excelentes resultados, nos campeonatos regionais, apesar de nenhum destes alunos ser federado na modalidade. Ninguém foi apurado para os campeonatos nacionais por não serem do escalão de juvenis.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Passeio de Cicloturismo

No próximo dia 31 vai realizar-se mais um passeio de cicloturismo inter escolas ADENA.

A atividade terá início no posto fronteiriço de Galegos e a chegada na rua das escolas - Portagem.


Clicar nas imagens para ver em ponto grande

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Torneio ADENA de basquetebol 3x3


Decorreu no dia 9/05/2012, mais um torneio inter escolas ADENA (escolas de Castelo de Vide e Marvão) de basquetebol 3x3.

Realizaram-se os seguintes jogos com os respetivos resultados:
- Infantil feminino - vitória das alunas de Marvão por 8-2
- Infantil masculino - vitória dos alunos de Marvão por 2-0
- Iniciado feminino – vitória das alunas de Castelo de Vide por 6-5
- Iniciados masculino - vitória dos alunos de Castelo de Vide por 6-4
- Os alunos juvenis masculinos de Castelo de Vide, como não tinham adversário do mesmo escalão por parte dos alunos de Marvão, realizaram 2 jogos, contra os iniciados de ambas as escolas. Venceram as duas partidas por 13-5 (contra Marvão) e 8-4 (contra Castelo de Vide).

No final, a organização decidiu realizar mais dois jogos – um envolvendo a seleção masculina e outro a feminina de ambas as escolas. A seleção masculina de Marvão venceu o jogo por 4-3 e a feminina de Castelo de Vide venceu por 9-8.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Campeonatos Regionais de Natação

Os alunos que irão participar nos campeonatos regionais de natação, nos próximos dia 11 e 12 de Maio são:
Gonçalo Grácio; Tiago Bonacho; João Tomé; Guilherme Massena; Francisco Galhofas; Mariana Canário; Zaida Barreiros; Mafalda Botelheiro; Mariana Botelheiro; Mafalda Borba.



segunda-feira, 30 de abril de 2012

Resultados Campeonatos Regionais


No passado fim de semana, realizaram-se os campeonatos regionais de Desportos Gímnicos e de Ténis de Mesa, em Évora.

No ténis de mesa, o aluno Rui Rato esteve em bom plano, ficando pela primeira fase. A aluna Ana Cruz conseguiu o 5º posto. Os restantes colegas do grupo/ equipa deste agrupamento não participaram nestes campeonatos destinados apenas aos escalões iniciados e juvenis. Contudo no próximo dia 9, os alunos João Carrilho e Constantin Ryaboy participarão nos distritais da modalidade. O primeiro aluno foi apurado em primeiro lugar (do seu grupo de apuramento) para esta competição.

A aluna Mafalda Borba, na modalidade de desportos gímnicos - ginástica artística, mais uma vez repetiu o apuramento (ficou em 2º lugar - foi a melhor no salto e a segunda na trave olímpica) para os campeonatos nacionais, que decorrerão em Loures no dias 25 e 26 de Maio.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Obesidade infantil aumenta risco de cancro do fígado

Adultos que foram obesos durante a infância têm mais probabilidades de vir a ter cancro do fígado. Esta é uma das principais conclusões de um estudo desenvolvido na Dinamarca e cujos resultados vão ser apresentados esta semana no Congresso Internacional do Fígado, em Barcelona.

Investigadores analisaram o índice de massa corporal e o peso na altura do do nascimento de cerca de 165 mil homens e 160 mil mulheres na Dinamarca entre 1930 e 1989 e verificaram que 252 desenvolveram em idade adulta carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro do fígado.

Os autores do estudo calcularam que, aos sete anos, o risco de carcinoma hepatocelular aumentava 12 por cento por cada ponto aumentado no IMC (índice de massa corporal). Aos 13 anos este risco aumenta para 25 por cento e apresenta valores semelhantes nos dois sexos.

Existem outros fatores que aumentam o risco de cancro do fígado como o alcoolismo, infeção por hepatite B e C ou outras doenças hepáticas mas os resultados do estudo não se alteraram quando pacientes com estes fatores foram retirados do estudo. Isto significa que o principal fator do carcinoma hepatocelular é mesmo a obesidade infantil.

«A obesidade infantil não só leva ao desenvolvimento de muitas doenças metabólicas como também a desenvolver um fígado gorduroso, o que posteriormente pode resultar em cancro do fígado» afirma Frank Lammert membro do comité científico da Associação Europeia para o Estudo do Fígado.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Fotografias do corta mato escolar e mega atleta distrital

Nos passados dias 18/01/2012 e 19/03/2012, decorreram as atividades corta mato escolar realizado na barragem de Póvoa e Meadas e mega atleta distrital realizado em Elvas, respetivamente.

Aqui ficam algumas fotos.




Hidratação. Hidratar sem engordar

A água existe em todos os alimentos e bebidas e a quantidade que necessitamos tem a ver com o teor de água dos alimentos e bebidas que ingerimos.
O nosso organismo é constituído por 60-70% de água mas esta perde-se através da urina, fezes, transpiração e respiração. De manhã, ao acordar, verificamos que a urina é mais escura do que na generalidade do dia, e isso deve-se à perda de água pela pele e pelo vapor de água excretado com o ar expirado. Na verdade, enquanto dormimos não comemos nem bebemos e, por isso, não conseguimos ingerir nada que contenha água, apenas a perdemos. 

A água existe em todos os alimentos e bebidas e a quantidade que necessitamos tem a ver com o teor de água dos alimentos e bebidas que ingerimos. Por exemplo, se comermos um iogurte sólido, precisamos de beber menos água do que se bebermos um copo de leite, ou se comermos uma banana devemos ingerir maior quantidade de água do que se comermos uma fatia de melão. Mas não podemos ver as coisas de modo tão simplista, porque, em boa verdade, tal como acontece com a ingestão de calorias, o que importa é que a água seja ingerida de modo a compensar as perdas. 

Quando e quanto beber? 
Como referi, a água faz parte da composição de todos os alimentos que ingerimos, em maior ou menor quantidade. Uma das regras para nos mantermos bem hidratados é não esperar pela sede, mas ingerir água ou outra bebida rica em água de modo a manter a urina o mais parecida possível com água, isto é, praticamente sem cheiro e sem cor. Sempre que sentimos sede, há estruturas orgânicas que já estarão a ser afetadas. A sede é um sinal de alarme que nos obriga a beber água sempre que o teor de água no organismo sofreu uma baixa considerável ou sempre que há o aumento da concentração de alguma substância, como sal ou açúcar. Daqui se depreende que bebidas com açúcar não são boas para matar a sede. 

Hidratar sem engordar 
Embora muitas vezes se pense que a água engorda, e por isso algumas pessoas recorram a diuréticos para ver o ponteiro da balança mexer, a verdade é que ela não tem calorias e quando o peso baixa por essa via não se fica mais magro, bem pelo contrário, a massa gorda aumenta em relação à massa magra. Por esse motivo, este título pode erradamente levar a pensar que, se se beber muito, se engorda. Mas não. O que me motivou a usá-lo foi o facto de constatar que a tendência da maioria das pessoas nos dias de hoje, é preterirem a água em favor de muitas outras bebidas (e são centenas) que contêm calorias e, como tal, contribuem para o aumento de peso. Embora sejam maioritariamente constituídas por água, além de aditivos, muitas delas contêm efetivamente uma quantidade considerável de calorias que, embora "líquidas", têm o mesmo efeito no aumento de peso que as "sólidas". 

Como se pode substituir a água? 
Eu diria que só a água substitui a água! No entanto, não podemos fechar os olhos à mudança de gosto face à inúmera oferta de bebidas que diariamente pululam nas prateleiras dos supermercados, e o importante é que as pessoas aprendam a ler e interpretar os rótulos para fazerem as suas escolhas conscientemente. Uma bebida que vai substituir a água não pode ter o mesmo valor calórico de uma que se pretende que substitua (em calorias) um iogurte ou um copo de leite, uma vez que se o valor calórico da água é zero, a bebida que a vai substituir não deverá ter muito mais calorias do que isso! 

Bebida                                                                                  Calorias por 100 ml
Lipton línea                                                                           1
Continente "Ice-tea light" (vários sabores)                           2 a 4
Pleno "Chá preto Earl Grey e Limão"                                   1
Pleno "Tisanas Cidreira, Tília, Camomila e Limão"              1
Formas Luso (todos os sabores)                                            1,8
Continente "Água gaseificada limão"                                   2
Frize Groselha                                                                       5
Frize Limão                                                                           4
Schweppes Soda Way                                                          0
Cola light (várias marcas)                                                      0
e-manga, laranja e cenoura                                                    0,6
e-maçã                                                                                   0,6

 
Estas são algumas opções possíveis para beber, mas, sempre que o fizermos, convém ler o rótulo, analisar os seus ingredientes, para além do valor calórico e do seu preço, e depois decidir se não será melhor tomar um chá gelado feito em casa ou uma limonada...

Para quem quer engordar

Para que a minoria tenha peso

As pessoas excessivamente magras, ou que se consideram como tal, podem sofrer tanto como as obesas. Muitas vezes não fisicamente, mas psicologicamente.

Muito se fala sobre excesso de peso e obesidade e muitos são os conselhos e dicas que circulam por todos os meios de informação no sentido de melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas afetadas por esse problema. Também nós, nutricionistas, o fazemos, porque nas nossas consultas são maioritariamente essas pessoas que nos aparecem a pedir ajuda. Os magros também aparecem mas em número muitíssimo reduzido. Por isso se fala tão pouco deles...

Mas a verdade é que as pessoas excessivamente magras ou que se consideram como tal podem sofrer tanto como as obesas. Muitas vezes não fisicamente, mas psicologicamente.

Num mundo em que a imagem tudo domina, é natural que assim seja. Por isso, este artigo é para elas.

É fácil engordar?
Quem tem excesso de peso seguramente dirá que sim. Mas outros, incluindo os nutricionistas, dirão que essa tarefa nem sempre é fácil. Em boa verdade, só engordamos com o comemos, ou seja, só engordamos se comermos mais do que aquilo que gastamos. Por isso poderemos dizer de uma forma simplista que basta reduzir as calorias diárias para se conseguir perder peso. Nos magros o contrário não é exatamente verdade. Embora teoricamente bastasse aumentar o valor calórico diário para se engordar, muitas vezes há barreiras orgânicas que impedem que isso resulte. Os mais comuns, e refiro-me apenas a situações não patológicas, são a falta de apetite, um metabolismo muito ativo ou um balanço energético negativo, isto é, uma ingestão de alimentos insuficiente em relação à atividade profissional e física praticada.

Seja como for, há um princípio básico para quem quer engordar que é o mesmo para qualquer outra pessoa. O aumento de peso deve ser feito à custa de uma dieta (nesta caso para engordar!) equilibrada e saudável. Isto é o mesmo que dizer que há que olhar a meios para alcançar fins ou que não se deve comer doses excessivas de batatas fritas ou chocolates apenas para engordar. Porque isso traria graves implicações de saúde para quem, provavelmente, apenas sofria com a sua imagem corporal...

O que deve fazer-se
- Se é uma perda de peso recente ou o peso é manifestamente baixo, é importante consultar o médico para avaliar as suas causas que podem ser físicas ou psíquicas; 

- Deve saber-se se o paciente costuma desparasitar-se anualmente e, se o não faz, será essa a primeira coisa a fazer; 

- Após a desparasitação, poderá tomar um complexo polivitamínico para suprir eventuais carências provocadas, quer pela ingestão insuficiente ou inadequada de alimentos e nutrientes, quer pela presença de parasitas; 

- Deverá avaliar-se, através de um inquérito à ingestão alimentar e à atividade desenvolvida pela pessoa ao longo dos dias, se a ingestão de alimentos é caloricamente correta; 

- Quando há falta de apetite ou o estômago apenas comporta pequenas quantidades de alimentos, recomenda-se a ingestão de pequenas porções de alimentos com maior frequência, por exemplo de duas em duas horas; 

- O aumento da quantidade de alimentos deve ser progressivo para não provocar "indisposições" de estômago; 

- A dieta deve ser sempre baseada na Roda dos Alimentos de modo a assegurar a ingestão necessária de todos os nutrientes, podendo a partir daí aumentar-se a partir de alimentos saudáveis com grande densidade calórica, como nozes, amendoins, azeite ou chocolate, por exemplo; 

- Poderá aconselhar-se uma diminuição da atividade física, para duas ou três vezes por semana. 

E com isto espero poder ter contribuído para um pouco mais de felicidade!

in: http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=AFE1FF4B4F1C4B2EE0400A0AB8003C4A&channelid=AFE1FF4B4F1C4B2EE0400A0AB8003C4A&schemaid=&opsel=2

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Diabetes

Devidamente tratada, a diabetes não impede o doente de ter uma vida perfeitamente normal e autónoma. Contudo, é fundamental que o diabético se ajude a si mesmo, autocontrolando a sua doença. Aliás, se o doente for determinado neste papel de autovigilância, a sua vida ficará muito facilitada.
O que é a diabetes?
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.
Quem está em risco de ser diabético?
A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:
·         Pessoas com familiares directos com diabetes;
·         Homens e mulheres obesos;
·         Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
·         Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
·         Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
·         Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.
Quais são os sintomas típicos da diabetes?
Nos adultos - A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:
·         Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
·         Sede constante e intensa (polidipsia);
·         Fome constante e difícil de saciar (polifagia);
·         Fadiga;
·         Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
·         Visão turva.
Nas crianças e jovens - A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se:
·         Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;
·         Ter muita sede;
·         Emagrecer rapidamente;
·         Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
·         Comer muito sem nada aproveitar;
·         Dores de cabeça, náuseas e vómitos.
É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos. Nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos.
Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se detecta a doença.
Como se diagnostica a diabetes?
Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina.
Pode ser diabético...
·         Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
·         Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.
Que tipos de diabetes existem?
·         Diabetes Tipo 2 (Diabetes Não Insulino-Dependente) - É a mais frequente (90 por cento dos casos).
O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos.
Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Recomenda-se também a actividade física regular.
Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e actividade física regular, o doente deve recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. Neste caso deve consultar sempre o seu médico.
·         Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulino-Dependente) - É mais rara.
O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.
Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.
Não está directamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.
·         Diabetes Gestacional - Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo.
A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adopção duma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebé.
Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.
Outras complicações associadas à diabetes
·         Retinopatia - lesão da retina;
·         Nefropatia - lesão renal;
·         Neuropatia - lesão nos nervos do organismo;
·         Macroangiopatia - doença coronária, cerebral e dos membros inferiores;
·         Hipertensão arterial;
·         Hipoglicemia - baixa do açúcar no sangue;
·         Hiperglicemia - nível elevado de açúcar no sangue;
·         Lípidos no sangue - gorduras no sangue;
·         Pé diabético - arteriopatia, neuropatia;
·         Doenças cardiovasculares - angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais;
·         Obstrução arterial periférica - perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés;
·         Disfunção e impotência sexual - a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos;
·         Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, infecções das cicatrizes depois das cirurgias.
Como se trata a diabetes?
·         Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico correctamente.
O objectivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue).
Este tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico de família, engloba três vertentes fundamentais: adopção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina.
·         Diabetes tipo 2 - O tratamento é semelhante mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico.
Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que actuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina.
Seguindo uma alimentação correcta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, factor que diminui significativamente o risco de amputações futuras.
O que é a insulina?
A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. Pode ser obtida a partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através do uso de tecnologia do DNA recombinante ou da modificação química da insulina do porco.
Em Portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a técnicas de engenharia genética, sendo as reacções alérgicas muito raras em virtude da sua grande pureza. No mercado estão disponíveis diversas concentrações de insulina. No nosso país, só se encontra disponível a concentração U-100 (1ml=100 unidades).
Por que é que a insulina é necessária para o tratamento da diabetes tipo 1?
Porque, nos doentes com a diabetes tipo 1, as células do pâncreas que produzem insulina foram destruídas, motivo pelo qual este produz muito pouca ou nenhuma insulina. Como sem insulina não se pode viver, a administração de insulina produzida laboratorialmente é um tratamento imprescindível de substituição.
Como se usa a insulina?
O tratamento com insulina é feito através de injecção na gordura por baixo da pele ou através da utilização da bomba de perfusão subcutânea de insulina.
Até à data o desenvolvimento científico ainda não conseguiu produzir nenhuma forma de insulina que possa ser tomada por via oral, uma vez que o estômago a destrói automaticamente.
Insulina injectável
Por ser injectável, é necessário que o doente tenha atenção ao modo como manuseia a insulina. Deve ter os seguintes cuidados:
·         Colocar a cápsula de protecção sem tocar na agulha após a utilização da seringa/caneta;
·         Guardar a seringa/caneta à temperatura ambiente;
·         Não utilizar a seringa ou a agulha da caneta se estas estiverem rombas;
·         Não limpar a agulha com álcool;
·         Manter a cápsula quando inutilizar a seringa/caneta e ter muito cuidado na sua eliminação.
Onde se injecta a insulina?
A insulina pode ser injectada na região abdominal, nas coxas, nos braços e nas nádegas. A parede abdominal é o local de eleição para uma mais breve absorção da insulina de acção rápida. Deve ser usada para as injecções realizadas durante o dia. A coxa utiliza-se preferencialmente para as injecções de insulina de acção intermédia, sendo a região das nádegas uma boa alternativa.
Deve proceder-se à rotação dos locais onde se administra a injecção, de forma a evitar a formação de nódulos, porque estes podem interferir na absorção da insulina.
Como conservar a insulina?
Os frascos de insulina, as cargas instaladas nas canetas e as seringas pré-cheias descartáveis em uso devem ser conservados à temperatura ambiente, mas afastados da luz solar directa e de locais como a televisão e o porta-luvas do carro.
Bomba de perfusão subcutânea de insulina 
Este método terapêutico visa adequar a insulinoterapia a padrões de vida intensivos com motivação para a monitorização, a situações de gravidez ou de má tolerância a terapias intensivas com múltiplas administrações de insulina e, ainda, a casos de hipoglicemias severas frequentes. 
As pessoas com diabetes tipo 1 podem candidatar-se à utilização da bomba de perfusão subcutânea de insulina. Para tal, basta dirigirem-se aos Centros de Tratamento e serem eleitas para a disponibilização do referido aparelho. 
Onde me posso informar sobre os Centros de Tratamento?
Os centros de tratamento são aprovados pela Direcção-Geral da Saúde, mediante candidatura espontânea de hospitais do Serviço Nacional de Saúde e de entidades com acordos/contratos estabelecidos nesta área com o Serviço Nacional de Saúde.  
Neste momento, estão aprovados:
·         Unidade Local de Saúde de Matosinhos;
·         Centro Hospitalar do Porto - Hospital Geral de Santo António;
·         Hospital de São João;
·         Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho;
·         Centro Hospitalar Universitário de Coimbra - Hospital Pediátrico;
·         Centro Hospitalar Universitário de Coimbra - Hospitais da Universidade de Coimbra;
·         Centro Hospitalar de Torres Vedras;
·         Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Santa Maria;
·         Hospital Curry Cabral;
·         Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal
Quais são os critérios de elegibilidade dos doentes para o tratamento para perfusão subcutânea contínua de insulina? 
A elegibilidade dos doentes para este tipo de tratamento exige uma adequada validação das suas características. No entanto, existe um requisito fundamental e comum a todos os doentes seleccionados: haver motivação e prática de auto-monitorização da glicemia capilar, bem como competência na sua utilização de forma satisfatória (por parte das pessoas com diabetes tipo 1 e seus familiares no caso das crianças), uma vez que o ajuste da dose de insulina deve ser efectuado de forma progressiva e auto-monitorizada. 
Entre os requisitos (não cumulativos), figuram ainda a necessidade de flexibilidade no estilo de vida e de pequenas doses de insulina, bem como situações de gravidez.
O que significa ter a diabetes controlada?
Significa que os níveis de açúcar no sangue se encontram dentro dos parâmetros definidos pelos especialistas. É o médico que, de acordo com factores como a idade, tipo de vida, actividade e existência de outras doenças, define quais os valores de glicemia que o doente deve ter em jejum e depois das refeições.
Convém lembrar-se de que os valores do açúcar no sangue variam ao longo do dia, motivo pelo qual se fala em limites mínimos e limites máximos.
Como se sabe se a diabetes está controlada?
Diariamente, é o doente que se analisa e vigia a si próprio, quer através do seguimento da alimentação correcta e da prática de exercício, quer da realização de testes ao sangue e à urina em sua casa.
São justamente os testes realizados diariamente pelo doente que permitem saber se o açúcar no sangue está elevado, baixo ou normal e que, posteriormente, lhe permitem o ajustamento de todo o tratamento.
Consequentemente, a melhor forma de saber se a diabetes se encontra ou não controlada é realizando testes de glicemia capilar (picada no dedo) diariamente e várias vezes ao dia.
Se os valores estiverem dentro dos limites indicados pelo médico, a diabetes está controlada. Se não, o doente deve consultar o médico assistente.
Como prevenir a diabetes?
·         Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;
·         Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;
·         Bons hábitos alimentares;
·         Prática de exercício físico;
·         Não fumar;
·         Cuidar da higiene e vigilância dos pés.
Que direitos têm os doentes diabéticos?
·         Um plano de tratamento e objectivos de autocuidado
·         Aconselhamento personalizado sobre a alimentação adequada;
·         Aconselhamento sobre a actividade física adequada;
·         Indicação sobre a dosagem e o horário da medicação e ainda sobre como adequar as doses com base na autovigilância;
·         Indicação sobre os objectivos para o seu peso, glicemia, lípidos no sangue e tensão arterial;
·         Análises laboratoriais regulares para controlo metabólico e do seu estado físico
·         Revisão, pela equipa de saúde, dos resultados da autovigilância e do tratamento corrente, em cada contacto com profissionais da equipa;
·         Análise, revisão e alteração, sempre que necessário, dos objectivos de autovigilância;
·         Ajuda e esclarecimento;
·         Educação terapêutica contínua;
·         Verificação, pela equipa de saúde, do seu controlo;
·         Verificação, se necessário, do peso, tensão arterial e dos lípidos sanguíneos;
·         Avaliação anual dos olhos e da visão, dos pés, da função renal, dos factores de risco para doenças cardíacas, das técnicas de autovigilância e de injecção e dos hábitos alimentares;
·         Tratamento de problemas especiais e emergências
·         Conselhos e cuidados às mulheres que desejem engravidar;
·         Acompanhamento especializado na gravidez e no parto;
·         Conselhos e cuidados a crianças, adolescentes e às suas famílias;
·         Acessibilidade adequada a cuidados especializados, em caso de problemas nos olhos, nos rins, nos pés, nos vasos sanguíneos ou no coração;
·         Acompanhamento adequado à pessoa idosa;
·         Educação terapêutica para o doente e para a sua família
·         O porquê da necessidade de controlo dos níveis de glicemia;
·         Como controlar os níveis de glicemia através de uma alimentação adequada, actividade física adaptada e tratamento com medicação oral e/ou insulina;
·         Como avaliar o seu controlo através de testes de sangue e/ou urina (autovigilância) e actuar face aos resultados (autocontrolo);
·         Quais os sintomas de aumento dos níveis de glicose e acetona, como prevenir e tratar;
·         Quais os sintomas de descida do nível de glicose, como prevenir e tratar;
·         O que fazer quando está doente;
·         Prevenção e tratamento das possíveis complicações crónicas, incluindo lesões nos olhos, nos rins, nos pés e o endurecimento das artérias;
·         Como lidar com o exercício físico, com as viagens e com outras situações sociais ou de lazer;
·         Como actuar perante eventuais problemas de emprego, serviço militar, seguros, licença de condução automóvel, entre outros;
·         Informação sobre o suporte social e económico existente, para que o diabético tenha os direitos sociais (emprego, reforma e outros) que as suas capacidades e habilitações possibilitem, sem qualquer tipo de restrição ou discriminação.
Quais são os deveres dos diabéticos?
Para que a vida se prolongue e a diabetes não seja um impedimento ao usufruto de uma vida normal, o diabético deve:
·         Assumir comportamentos que o conduzam permanentemente à obtenção de ganhos de saúde e que contribuam para o seu autocontrolo
·         Predispor-se a aprender continuamente a controlar a sua diabetes;
·         Tentar ser autónomo, praticando o seu próprio autocontrolo;
·         Examinar regularmente os pés;
·         Tentar seguir um estilo de vida saudável;
·         Controlar o peso;
·         Praticar actividade física regular;
·         Evitar o tabaco;
·         Esclarecer-se sobre quando e como contactar a equipa de saúde em situação de urgência ou de emergência;
·         Contactar a equipa de saúde sempre que sinta necessidade e até que fique esclarecido sobre as questões que o preocupam;
·         Entrar em contacto e conversar com outras pessoas que tenham a diabetes e com associações locais ou nacionais de doentes diabéticos;
·         Assegurar que a família, amigos e colegas de trabalho se encontram esclarecidos sobre as necessidades da diabetes;
·         Controlar diariamente a sua diabetes, desempenhando um papel activo no seu tratamento
·         Fazer a sua autovigilância e adaptando o tratamento aos resultados – autocontrolo;
·         Tomar correctamente a medicação;
·         Examinar e cuidar dos pés;
·         Contactar a equipa de saúde se verificar que está mal controlado ou se apresentar hipoglicemias graves, ou ainda se surgirem sintomas de infecção;
·         Evitar desperdícios dos recursos comuns existentes, de forma a contribuir para a manutenção e, se possível, aumento dos seus direitos
·         Cumprir o plano de vigilância e terapêutica;
·         Usar correctamente os materiais de controlo e tratamento;
·         Usar adequadamente os serviços de saúde;
·         Utilizar correctamente o Guia do Diabético disponibilizado pelo seu médico assistente e ajudar os outros diabéticos a fazê-lo também.
Em suma, olhe por si próprio, ajude os profissionais a cuidar bem da sua saúde, seguindo conselhos tão simples e práticos como os seguintes:
·         Pratique exercício com regularidade;
·         Não fume;
·         Vigie bem a sua diabetes;
·         Não engorde;
·         Controle a tensão arterial;
·         Mantenha os níveis de colesterol e triglicéridos controlados e dentro dos parâmetros aconselhados pelos médicos.
Onde procurar ajuda?
No centro de saúde da sua área de residência, onde deverá contactar o seu médico de família. 


Será que posso vir a ter diabetes? Aprenda a cuidar de si (Cartaz Direcção-Geral da Saúde e parceiros)