sexta-feira, 17 de abril de 2015

Melhores resultados escolares? Perde peso!



Estudo: A influência da aptidão cardiorrespiratória e do excesso ponderal no rendimento escolar de alunos do 7º ano de escolaridade



Estudantes com melhor aptidão cardiorrespiratória e peso normal têm uma probabilidade 5,5 vezes superior de terem um rendimento escolar mais elevado.
Para se otimizar a aptidão cardiorrespiratória e o peso corporal os jovens devem praticar de forma regular atividades físicas e desportivas na escola, em contextos informais ou contextos mais formais de prática desportiva.
Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, revelou que a aptidão cardiorrespiratória e o peso corporal têm um efeito independente e sinérgico no rendimento escolar nas disciplinas de Português, Matemática, Ciências da Natureza e Inglês em alunos do sétimo ano de escolaridade. Paralelamente, alerta para a necessidade de criar mais atividades de exercício físico durante o horário escolar, por forma a aumentar a aptidão cardiorrespiratória e prevenir o excesso de peso dos alunos.
O estudo, cujo objetivo foi investigar a relação entre a aptidão cardiorrespiratória e o excesso ponderal com o rendimento escolar nos alunos do 7º ano, recorrendo a três grupos diferentes de crianças e adolescentes nascidos em três anos diferentes frequentado o 7º ano em três anos sucessivos. Este projeto foi aplicado em catorze escolas públicas portuguesas, e estiveram envolvidos 1531 alunos do 7º ano (787 do sexo masculino e 744 do feminino), com idades variando entre os 12 e os 14 anos.
O estudo observou que estudantes com peso normal tinham um desempenho escolar mais elevado quando comparados com estudantes com excesso de peso e obesos. Alunos com aptidão cardiorrespiratória mais saudável também obtiveram melhor rendimento escolar.
O peso corporal e a aptidão cardiorrespiratória têm um efeito independente e sinérgico no rendimento escolar. De acordo com estes resultados, importa realçar a importância dos jovens praticarem de forma regular atividades físicas e desportivas na escola, em contextos informais ou contextos mais formais de prática desportiva.

Luís B Sardinha, Adilson Marques, Sandra Martins, António Palmeira e Cláudia Minderico
Interdisciplinary Center for the Study of Human Performance,
Faculty of Human Kinetics, University of Lisbon, Portugal

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