Investigadores analisaram o índice de massa corporal e o
peso na altura do do nascimento de cerca de 165 mil homens e 160 mil mulheres
na Dinamarca entre 1930 e 1989 e verificaram que 252 desenvolveram em idade
adulta carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro do fígado.
Os autores do estudo calcularam que, aos sete anos, o risco
de carcinoma hepatocelular aumentava 12 por cento por cada ponto aumentado no
IMC (índice de massa corporal). Aos 13 anos este risco aumenta para 25 por
cento e apresenta valores semelhantes nos dois sexos.
Existem outros fatores que aumentam o risco de cancro do
fígado como o alcoolismo, infeção por hepatite B e C ou outras doenças
hepáticas mas os resultados do estudo não se alteraram quando pacientes com
estes fatores foram retirados do estudo. Isto significa que o principal fator
do carcinoma hepatocelular é mesmo a obesidade infantil.
«A obesidade infantil não só leva ao desenvolvimento de
muitas doenças metabólicas como também a desenvolver um fígado gorduroso, o que
posteriormente pode resultar em cancro do fígado» afirma Frank Lammert membro
do comité científico da Associação Europeia para o Estudo do Fígado.
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