quarta-feira, 25 de abril de 2012

Obesidade infantil aumenta risco de cancro do fígado

Adultos que foram obesos durante a infância têm mais probabilidades de vir a ter cancro do fígado. Esta é uma das principais conclusões de um estudo desenvolvido na Dinamarca e cujos resultados vão ser apresentados esta semana no Congresso Internacional do Fígado, em Barcelona.

Investigadores analisaram o índice de massa corporal e o peso na altura do do nascimento de cerca de 165 mil homens e 160 mil mulheres na Dinamarca entre 1930 e 1989 e verificaram que 252 desenvolveram em idade adulta carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro do fígado.

Os autores do estudo calcularam que, aos sete anos, o risco de carcinoma hepatocelular aumentava 12 por cento por cada ponto aumentado no IMC (índice de massa corporal). Aos 13 anos este risco aumenta para 25 por cento e apresenta valores semelhantes nos dois sexos.

Existem outros fatores que aumentam o risco de cancro do fígado como o alcoolismo, infeção por hepatite B e C ou outras doenças hepáticas mas os resultados do estudo não se alteraram quando pacientes com estes fatores foram retirados do estudo. Isto significa que o principal fator do carcinoma hepatocelular é mesmo a obesidade infantil.

«A obesidade infantil não só leva ao desenvolvimento de muitas doenças metabólicas como também a desenvolver um fígado gorduroso, o que posteriormente pode resultar em cancro do fígado» afirma Frank Lammert membro do comité científico da Associação Europeia para o Estudo do Fígado.

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